AVALIAÇÃO DOS PLANOS DIRETOES DE ARARAQUARA PÓS ESTATUTO DA CIDADE: EM 2014 HOUVE REVISÃO OU ADEQUAÇÃO?

Autores

  • Priscila Kauana Barelli Forcel Universidade Federal de São Carlos https://orcid.org/0000-0002-1321-4716
  • Aderson Passos Neto Arquiteto e Urbanista, Mackenzie
  • Joel Venceslau de Oliveira Junior Especialista em Arquitetura de Interiores, Universidade de Araraquara, UNIARA

DOI:

https://doi.org/10.59550/engurbdebate.v1i1.101

Palavras-chave:

planejamento urbano, expansão territorial, regressão da legislação

Resumo

O Estatuto da Cidade no ano de 2001 institui o marco de obrigatoriedade da elaboração de Planos Diretores para cidades que vinham a cumprir alguns dos requisitos impostos em lei,
tornando-se um importante instrumento do planejamento municipal. O município de Araraquara contava com uma população acima do limite regulamentado, portanto, precisaria se submeter diante da legislação. Porém, desde a década de 60 a urbanização de Araraquara já vinha se familiarizando em ter seu desenvolvimento e expansão orientada por planos diretores. Tratava-se, então de se adequar aos parâmetros estabelecidos pelo estatuto, que incluía novos conceitos e instrumentos para sua elaboração. Araraquara aprova o primeiro plano desta nova era em 2005, trazendo consigo uma data prévia de revisão, que teve sua corroboração em 2014. O objetivo deste artigo se funde da análise comparativa dos planos diretores após a aprovação do estatuto da cidade, obtendo um pano de fundo para sistematizar se houve evolução ou regressão nas condicionantes urbanas do município. A partir dessa leitura é possível perceber alguns avanços, porém com muitas perdas, bem como o fato de que muitos dos instrumentos introduzidos pelo Estatuto da Cidade, apesar de presentes, nunca foram regulamentados, resultando a uma reflexão para as futuras revisões.

Biografia do Autor

Priscila Kauana Barelli Forcel, Universidade Federal de São Carlos

Mestranda na Universidade Federal de São Carlos (PPGEU/UFSCar). Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Paulista (UNIP, 2019). Participou como arquiteta e consultora de projeto fomentados pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU/SP entre os anos 2021 a 2023, que tinham como premissas Assessoria Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS) em cidades do interior paulista. Atualmente é pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana - PPGEU/UFSCar, da linha de pesquisa: Gestão, Planejamento e Tecnologias aplicados à Engenharia Urbana, com pesquisa na análise da acurácia do método consolidado pela Fundação João Pinheiro para cálculo do Déficit Habitacional, verificando a estimativa do déficit habitacional a partir dos dados coletados pelo Censo Demográfico 2010 em contraponto aos dados coletados em campo, uma pesquisa de análise crítica e comparativa da metodologia abordada com o intuito de fomentar pesquisas futuras e políticas públicas que relacionem o tema. Integrante dos grupos de pesquisa "Cidades e Pessoas: Conectadas", "GESTAU - Gestão do Ambiente Urbanizado", ambos da UFSCar e "Território Desigualdades", da UFV. Atualmente compõe o grupo de editoração da Revista Engenharia Urbana em Debate, Projeto de Extensão do PPGEU/UFSCar. 

Aderson Passos Neto, Arquiteto e Urbanista, Mackenzie

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1982). Especialização em Gestão Pública e Gerência de Cidades (2005) pela UNESP - FCL Campus de Araraquara e Especialização em Meio Ambiente e Sociedade pela FESSP (2014). Atua em escritório próprio e na prestação de serviços de Arquitetura e Urbanismo. Desenvolve projetos de arquitetura, direção e administração de obras. De Abril de 2017 a Novembro de 2020 ocupou o cargo de Coordenador Executivo de Planejamento Urbano e desde Agosto de 2021 ocupa o cargo de Gestor de Projetos na Coordenadoria Executiva de Habitação na Prefeitura Municipal de Araraquara SP.

Joel Venceslau de Oliveira Junior, Especialista em Arquitetura de Interiores, Universidade de Araraquara, UNIARA

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Braz Cubas UBC em Mogi das Cruzes (1992), e Especialização em Arquitetura de Interiores pela Universidade de Araraquara UNIARA (2006). Atualmente é professor (Professor assistente 1), nas disciplinas de Desenho de Representação III e Design e Artes Gráficas III no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Araraquara UNIARA. Iniciou a atuação profissional na cidade de São Paulo onde trabalhou em empresas de desenvolvimento de projetos arquitetônicos e obras. Na região de Araraquara atua como profissional de Arquitetura autônomo, onde projetou Edifícios de diversos usos e administrou obras Residenciais, Comerciais e de Serviços. Atualmente Atua como Coordenador Executivo de Edificações junto a Secretaria de Desenvolvimento Urbano na Prefeitura Municipal de Araraquara, com atividades ligadas a licenciamentos e aprovações de Edificações particulares e Empreendimentos Imobiliários. Integrante do Grupo de Aprovações de Araraquara GRAPROARA. No Município de Araraquara participa como Conselheiro Presidente do COMPPHARA (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Artístico de Araraquara), e conselheiro do COMPUA ( Conselho Municipal de Planejamento e Politica Urbana e Ambiental de Araraquara). Atua como Coordenador do Urban Sketchers Araraquara e Correspondente do Urban Sketchers Brasil.

Referências

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Publicado

2020-12-01

Como Citar

Barelli Forcel, P. K., Aderson Passos Neto, & Joel Venceslau de Oliveira Junior. (2020). AVALIAÇÃO DOS PLANOS DIRETOES DE ARARAQUARA PÓS ESTATUTO DA CIDADE: EM 2014 HOUVE REVISÃO OU ADEQUAÇÃO?. Engenharia Urbana Em Debate, 1(1), 172–183. https://doi.org/10.59550/engurbdebate.v1i1.101