Determinação das Áreas de Inundação da bacia do Córrego das Flores, Bauru - SP (Brasil)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59550/engurbdebate.v2i1.11

Palavras-chave:

Alagamento, Prevenção de Risco, Drenagem Urbana

Resumo

O modelo de ocupação urbana desenvolvido nas bacias hidrográficas, em especial pela ocupação dos fundos de vale, traz algumas consequências severas ao próprio modelo urbano. Com a impermeabilização do solo ocorre a diminuição da a infiltração das águas de chuva, diminui o tempo de concentração da bacia, ocasiona o aumento do escoamento superficial direto e provoca a rápida elevação dos níveis de água que escoam pelo talvegue, resultado, muitas vezes, no transbordamento das águas para fora do canal de drenagem ou leito principal dos corpos d´água ocasionando os alagamentos das áreas ribeirinhas ou leito secundário. Na impossibilidade de alteração do desenho urbano estabelecido, o conhecimento das áreas afetadas por eventos de chuva, permite ao gestor urbano traçar planos para mitigar os riscos aos quais as pessoas são expostas na ocorrência desses eventos extremos. O objetivo deste trabalho foi o de construir mapas de áreas de alagamento ao longo da Avenida Nações Unidas localizada na cidade de Bauru (SP), a partir da análise da capacidade de escoamento do canal que forma o talvegue da bacia do Córrego das Flores. Foram determinadas as vazões excedentes, as alturas de elevação e as áreas de alagamento a partir dos cálculos hidráulicos e hidrológicos tendo como referência normas projetuais e legislações normativas. Os Resultados mostraram que mesmo chuvas de recorrências mais frequentes (TR=2 anos) são capazes de causar inundações e oferecer riscos a população, sendo agravadas em eventos de maior intensidade.

Biografia do Autor

Richard Takeo Takehara

Arquiteto e Urbanista, Especialista em Projeto e Gestão de Infraestrutura

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Publicado

2021-06-24

Como Citar

Kellner, E. ., & Takehara, R. T. . (2021). Determinação das Áreas de Inundação da bacia do Córrego das Flores, Bauru - SP (Brasil). Engenharia Urbana Em Debate, 2(1), 81–94. https://doi.org/10.59550/engurbdebate.v2i1.11

Edição

Seção

Saneamento